domingo, 24 de julho de 2011

A inteligência que eu não tenho


Uma coisa que sempre me rendeu dor de cabeça e sempre me preocupou foi a tal "inteligência" que me atribuem. Na verdade não tenho nem metade dessa tal "inteligência" que o povo vê em mim. Se você parar pra pensar, vai perceber que é bem fácil encontrar uma personalidade para alguém que é ( era ) gordo, usa aparelho e vive ( vivia ) estudando : Nerd, nerd, nerd.

A preocupação é simples, se as pessoas esperam muito de você, você tem que se esforçar pra caralho e não serve de nada além de sempre ter que tentar não destruir a expectativa dos outros. " Você tirou sete??? O que? Eu tirei oito! Huahahaha! " Nunca precisei me matar de estudar e tal, mas sem querer me gabar,várias pessoas já falaram desse meu ( suposto ) lado "intelectual" - Que obviamente é fruto da imaginação de seres desavisados - Acho que talvez o problema seja a falta de comparação ( a minha cidade não ajuda... ).

Sei que não sou burro, nem muito menos um gênio. Além do que, elogio de mãe e parente, nem conta, né? Uma coisa  que alguns professores sempre fazem ( talvez na tentativa de compensar a infância frustrada de alunos "nerds" ) é  usar um tratamento " especial " ( "babar" ) quem tem um grau mais elevado do intelecto.

Nada contra a professores que fazem isso com alunos que são realmente inteligentes ou esforçados, agora "babar" qualquer um é foda. Tenho um professor filho da puta que insiste em paparicar aluno que não merece. Agora me dica, que porra eu tenho culpa se ele não foi com a minha cara ( e eu muito menos que com a dele )?

Mas como professor que não vai com a minha cara já é coisa comum, tem outro que sempre criticava o que eu fazia. Lá ia eu, todo feliz com a resposta na mão:

- Professor! É assim? Tá certo? 

- De onde você tirou isso, Evaristo!? 

O que eu tinha vontade de dizer :

- DA MERDA que VOCÊ ensinou!

O que eu realmente dizia :

- Hehe, vou concertar...

Pra piorar, sempre acabava errando mais umas duas vezes até conseguir acertar o bendito exercício. De fato, professor nenhum tem obrigação de gostar de mim, até por que, admito, seria difícil. Nunca dei ( e nunca darei ) abertura pra os meus professores, simplesmente não vejo graça de ser alvo de brincadeirinha de quem tem idade pra ser meu avô pai e muito menos fazer amizade com eles. Me restrinjo a dizer "Bom dia!" e "Oi!" com todo o entusiasmo possível ( isso não é o suficiente? ).

Agora concluo que apesar de não ter toda essa genialidade que alguns tem, muito menos traquejo social, ao menos eu não uso dorgas, Manolo.

Um comentário:

  1. Neto você é muito inteligente e todos sabem disso, só não tanto quanto eu (Momento sem modestia alguma ushaushasas). Confie mais em si mesmo ;]

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